sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Salvem o sistema!



Pois é, o sistema está moribundo! Conforme previsto, o desemprego está a subir e a crise verdadeira, a das pessoas, está a chegar!
Os nossos chefes, quais marionetas dos senhores do dinheiro, lançam políticas viciosas como injecção de somas brutais de capital no sistema financeiro (mais conhecido por banca) e descida nas taxas de juro (vulgo lucros pornográficos). A essas medidas de óbvia aceitação juntam uma boa propaganda para promoção da fé no sistema!
Nesta medida, venho por este meio sugerir a todos que ajudem os senhores do dinheiro e as suas marionetas a perpetuar o sistema que nos sufoca a todos. É fundamental, uma vez que o dinheiro injectado só chega ao povo por empréstimos, que contraiam muitos. Comprem casas, carros, televisões, máquinas de nespresso e viagens! Tudo a crédito!! Devem estourar o subsídio de férias, o subsídio de natal ou outro qualquer pé-de-meia de que disponham em prendas de natal para todos os amigos e conhecidos! Se tiverem dúvidas aconselho o visionamento em série de filmes publicitários! Cidadãos de esquerda deverão negociar baixas taxas de juro e distribuir as compras por muitos estabelecimentos de pequenas dimensões, em contrapartida, partidários de direita deverão, por razões óbvias, pedir altas taxas de juro e comprar poucas coisas de valor elevado. Só assim conseguimos por a economia a mexer e salvar o sistema! Vamos comprometer-nos a todos!!
A todos os senhores jornalistas, que já foram alvo da minha pouco simpática escrita, retiro o que disse! Continuem o bom trabalho, zelem pelo vosso emprego e publiquem exactamente o que vos pedem para publicar. Tomem a liberdade de opinar livremente sobre os mais variados assuntos, desde que isso estimule a economia, ou seja, que estimule o consumo e a confiança no sistema. Viva a propaganda!! Sugiro ainda que canalizem a frustração de todos para o direito ao voto, pode ser que em 2009 possamos ter a "mudança" para um governo do PSD. Pode ser até que se arranje um cidadão negro ou cigano para primeiro-ministro!
Aos senhores da banca peço desculpa, não posso deixar de assinalar o suor que vos correrá pelo rosto com tanta injecção de capital (vulgo massa). Rogo a vós, banqueiros nojentos, que nos deixem levar emprestado o dinheiro que nos comprometerá com o sistema. Sei bem que terá de ser com mais cautela, não vá o sistema entrar em crise outra vez! Nada de empréstimos para comprar acções ou outros bens considerados "tóxicos". Coisas dessa natureza só daqui a uma década ou duas, quando já ninguém se lembrar! Costuma dizer-se que é só para quando a poeira assentar!
Aos senhores governantes, supostamente os representantes do ponto mais alto da pirâmide social, nada a dizer! Continuem o bom trabalho!!

Compete a todos salvar esta coisa! Temos que por a economia a mexer e este é o caminho!
Mémés revolucionários para todos!!!

Notas do autor: Este texto está impregnado da mais vil ironia e todas as afirmações deverão ser alvo da mais crítica análise do leitor.

sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Um pouco de humor!

Já sentia falta de qualquer coisa que desse vontade de rir aqui n'O chamado blog! É nessa perspectiva que tomo a liberdade de publicar um vídeo que é, a todos os títulos, maravilhoso!

Notas:
1. Este vídeo contém material quase explícito!
2. O autor deste blog não é dotado de quaisquer ideias, homofóbicas ou outras!
3. O utente deste blog deverá permanecer sentado durante a visualização desta pequena pérola.
4. Não consta que este vídeo vá ser influenciado ou influenciar a crise financeira.
5. Qualquer tentativa de relacionar o primeiro Sócrates com qualquer um dos intervenientes desta curta metragem será publicamente reprovada e desencorajada.
6. A prática do sexo anal é permitida por lei.
7. São salvaguardadas relativamente ao ponto 6. excepções ao Sr. Carlos Cruz e ao deputado Paulo Pedroso, a não ser que a prática seja efectuada apenas entre ambos.
8. No que concerne aos intervenientes citados em 7. estes poderão solicitar o acompanhamento solene do Dr. Mota Amaral ou do Dr. Ferro Rodrigues.
9. Por motivos alheios ao autor deste blog, a inefável Fátima Campos Ferreira ficou excluída dos pontos 6, 7 e 8.
10. Não foi obtida a reacção do deputado Paulo Portas.
11. A prática de sexo ao ar livre deverá, mesmo após a publicação deste vídeo, continuar a ser encorajada!
12. As consequências sociais desta exposição estão ainda por apurar no momento do lançamento desta peça!


quarta-feira, 26 de novembro de 2008

Psiquiatria



Caros concidadãos,

É com enorme alegria que anuncio que nos próximos 5 anos decorrerá um processo que eventualmente fará de mim Psiquiatra!

Abraços a todos!

domingo, 23 de novembro de 2008

A grande depressão




Já sobram poucos dos que eram já adultos em 1929, o ano em que se iniciou a "Grande Depressão" que se viria a arrastar e a impor as suas consequências por mais de uma década até à II Guerra Mundial. Nessa época, havia uma euforia nos mercados bolsistas que se propagou à população, pessoas de todas as classes sociais, ricos e pobres, sapateiros e homens de negócios, jogavam na bolsa, muitos à custa de empréstimos. Faziam-se fortunas de um dia para o outro e parecia que todos poderiam ficar abastados, era o "sonho americano". A esta época de entusiasmo seguiu-se um período de instabilidade, com subidas e descidas nos mercados de acções, que viria a tornar famoso o dia 29 de Outubro de 1929, a "Terça-feira Negra", o início da "Grande Depressão". Nesse dia, ameaçados pelas flutuações do mercado e pelos rumores de uma possível queda iminente da bolsa, todos os accionistas venderam ao desbarato todas as acções que tinham, fazendo dos bocados de papel que eram a sua fortuna isso mesmo, bocados de papel. Fortunas, umas incalculáveis, outras não, perderam completamente o seu valor, um sem número de pessoas ficou na ruína.
Depois do "crash" de 1929 os bancos, alheios a qualquer responsabilidade (já na altura havia falta de políticas e regras pare este tipo de negócios) e como seria de esperar, continuaram a exigir que fossem pagos os empréstimos que tinham sido feitos. As pessoas, agora sem um tostão, não tinham como pagar. Incapazes de fazer face aos compromissos efectuados iniciou-se uma espiral de falências e penhoras, empurrando milhões de pessoas para o desemprego e para fora das suas casas. Nos Estados Unidos 25% da população activa ficou sem emprego e, claro está, também não tinha salário. Sem dinheiro para gastar, um círculo vicioso que se viria a arrastar mais de uma década foi iniciado. Quanto mais pessoas estivessem desempregadas mais iriam ainda ficar, pois não tendo dinheiro para comprar os bens dos outros, mais cedo ou mais tarde esses últimos viriam também a falir pois não tinham como fazer negócio.
A miséria instalou-se, de Wall Street espalhou-se para todos os continentes, poupando apenas algumas economias socialistas que eram estanques à crise capitalista. Milhões de desempregados e suas famílias foram viver para bairros de lata, fome, sofrimento e violência seriam o dia-a-dia de milhões de cidadãos do mundo por anos a fio. A crise só viria a ter o seu ponto final após a II Guerra (um conflito terrível, presente apenas na memória de alguns e não mais do que uma imagem na televisão para a maioria), quando os mais díspares (ou não) interesses se defrontaram até se estabelecer uma "nova ordem" mundial.
É para mim óbvia a semelhança entre o que se passou há 80 anos e o que se passa agora. Os empréstimos, as quedas na bolsa (que segundo consta, foram já maiores este ano que em 1929), as penhoras e as falências só agora começaram. Será, muito provavelmente, uma questão de tempo até que venhamos a sentir na pele as consequências desta crise.
Tento, sem êxito, explicar o meu ponto de vista às pessoas que, cépticas na sua maioria, ouvem a minha história com um sorriso paternalista, colocando esta minha ideia nas margens do estapafúrdio. Quando falo num desemprego descontrolado, com flutuações incompreensíveis de preços, fome e miséria quase transversais em todos os países industrializados dão-me uma pancadinha nas costas e sugerem-me que veja menos filmes. Nada que não estivesse à espera!
É natural, acho eu, este cepticismo. Como disse no início, já são poucos aqueles que viveram com olhos críticos o período da "grande depressão" e da II Guerra. Todos, como eu, viveram um período de prosperidade, todos convencidos que o mundo capitalista era um local seguro em que a propaganda, a censura e a escravatura tinham lugar apenas nos livros de História. É óbvio que assim não é!
Tenho medo do que será do mundo, quando sociedades inteiras de cépticos se virem confrontados com a crise real e verdadeira. Temo pela desorganização e pelo descontrolo.
Espero sinceramente estar enganado, que esta crise não chegue às pessoas, que o desemprego não suba, que não se inicie a violência, as pilhagens, a fome e a miséria generalizada. Espero que não se inicie a guerra!
Infelizmente a minha consciência diz-me o contrário, já aconteceu no passado e vai certamente acontecer no futuro. A História, quando se repete, não escolhe os que se pensam esclarecidos ou cépticos, atinge todos, para o bem ou para o mal!
Espero não estar isolado, mas se estiver e assim continuar, tanto melhor! Serei apenas um pessimista, antes isso que a II Grande Depressão!

Mas se for como digo, espero não estar sozinho! Que haja quem combata a meu lado, pois é o antecipar dos males que faz de nós humanos, que nos permite lutar por um mundo melhor para nós e para os outros!

"Hasta la victoria, siempre!"

terça-feira, 18 de novembro de 2008

Jornalismo




Ultimamente não consigo ver as notícias no telejornal em Portugal sem sentir uma sensação quase avassaladora de constrangimento. A superficialidade com que são transmitidas as notícias é exasperante, impossibilitando o verdadeiro conhecimento de seja o que for. As opiniões são transmitidas livremente pelos jornalistas impedindo (ou dificultando) a formulação das nossas próprias ideias. Neste momento parece que o que interessa são grandes títulos, plenos de sensacionalismo, capazes de por o nosso cérebro no automático. É que mesmo só relatando factos eles podem, através da sua selecção, condicionar a opinião de quem os está a ver. No entanto, parece-me que o viés é duplo quando o facto selecionado vem já com um kit de opinião.
Além disso, não consigo deixar de falar na incompetência de grande parte dos jornalistas (começando já agora pela inestimável e inigualável Fátima Campos Ferreira cujas perguntas me envergonham, embaraçam e me provocam aquela sensação de vergonha que às vezes nos faz mudar de canal - ressalvando que os debates de 2a-feira à noite não são só maus) que muitas vezes são responsáveis por verdadeiras enormidades que são ditas em horário nobre. Quando se fala em saúde (falo em saúde porque a minha formação superior em medicina me permite fazer um juízo mais informado das notícias) cometem-se verdadeiras atrocidades contra a ciência, dizendo-se coisas totalmente desprovidas de sentido e fundamento. Se o meu conhecimento nesta área me permite triar toda essa informação, o mesmo não posso dizer sobre àreas que não domino, como o direito ou a economia. Fico com a sensação que se não capazes de fazer uma boa investigação na minha área, o mesmo se deve passar nas outras. Quem não se lembra do mortífero adenovírus que liquidou uns quantos com as suas pneumonias. Na altura, os media fizeram um grande aparato, quando na verdade o dito bicharoco é uma das causas mais vulgares e frequentes de pneumonia, vitimando muitas vezes os habituais velhinhos e imunocomprometidos. Já nem vou falar no maldito Staphylococcus Aureos.
É a sensação de manipulação das notícias que vejo que me provoca o constrangimento. Não consigo ver notícias sem ficar com a ideia de que a censura está de volta. Obviamente que não se trata da censura clássica com os carimbos e rabiscos a caneta vermelha, é antes uma de outro tipo, encapotada e disfarçada.
Gostava sinceramente de saber quem escreve o que passa nos telepontos e que os senhores pivots (que importa estarem impecavelmente engomados e maquilhados além de dotados de uma universalmente aceite aparência) tão extremosamente papagueiam. Fico a pensar se a por demais evidente frivolidade das notícias não será propositada, se os factos não são abordados por ignorância, se por conveniência. Será que as notícias que as pessoas têm paciência para ver são mais importantes que as verdadeiras notícias?
O que importa é ver o telejornal e estar informado, saber se a economia cresce ou decresce, as percentagens da variação das acções da Mota-Engil arredondadas até às centésimas, os resultados do jogos do benfica, as afirmações do Paulo Bento e os comentários do João Vieira Pinto (o menino-de-ouro, o do soco no árbitro), as eleições nos states e o número de vítimas e atentados terroristas (perpetrados por fulanos de barbas - os chamados fundamentalistas islâmicos).
Saber porque milhares fulanos de pelo facial proeminente (e outros) explodem o próprio corpo entoando frases de ordem contra o nosso estilo de vida e contra os nossos governantes, em nome de uns consideráveis milhões; saber como funciona a economia e porque cresce e decresce; saber para onde foi o dinheiro do BPN; onde estão as armas iraquianas de destruição maciça; porque o Bin Laden antes era bom e agora é mau; ou saber o porquê de seja o que for não dá audiências - por isso não interessa!
Mémé!

quarta-feira, 5 de novembro de 2008

Mudança



Esta madrugada decorreram as "eleições" do 4º Império. Houve "mudança" na casa branca! Mudança foi aliás o mote para toda a campanha. Mudar, mudar, mudar! Esta inebriante palavra é plena de sentido no caso do negro Obama. Resulta bem este pequeno vocábulo, significa transformação, alteração ou modificação. Nestes Estados "livres e democráticos" é de mudança que se alimenta o povo! As pessoas têm falta de emprego e de dinheiro, muda-se o tom (cor é demasiado forte para o caso) da pele do chefe -nada mais eficaz! Mudarão certamente também a mulher do chefe, a equipa do chefe, a voz do chefe, os hábitos do chefe e o tamanho do chefe. Parece que se cumpriu o sonho de Martin Luther King.
Mudar é que é preciso para manter a esperança do povo (está aliás prevista na constituição dos países "democráticos" e acontece aproximadamente de 4 em 4 ou de 5 em 5 anos, conforme a categoria da mudança em questão). Este senhor certamente vai acabar com as guerras no mundo e com a fome em África. Os seus compatriotas quenianos podem dormir descansados, ou não? Já está combinado um jantar de natal com os líderes do Irão e da Coreia do Norte - trocarão presentes e beijinhos. Vão ser amigos pois nenhum deles é completamente branco. Prometerão não lançar a bomba atómica, a não ser que um deles invente um sistema de defesa contra a mesma.
Nós os europeus (com o devido estímulo dos nossos prestáveis meios de comunicação social) apoiamos a mudança, não nos chegava que mudasse a estatura e a cor de cabelo do presidente, não nos chegava o tom de voz, não queríamos um fulano de um partido do mesmo nome, não queríamos um bêbado nem um veterano de guerra - queríamos mudança. E tivemos uma, como já expliquei.
Tirando o que brilhantemente enumerei, não sabemos bem o que mudou. Sabemos se os debates foram disputados em "bom tom", ou não. Vimos várias reportagens sobre a quantidade de senhores polícias que foram necessários para assegurar que não havia nenhum atentado contra os futuros imperadores e seus apoiantes. Ouvimos repetidamente as palavras de ordem nos vários noticiários, umas com legendas, outras dobradas. Vimos multidões de pessoas aos gritos das duas congregações em disputa. Assim sabemos que seja qual for a nossa opinião não estamos sozinhos, e isso é importante.
Prometi a mim mesmo não falar do que não mudou. Queria que este post tivesse alguma piada, por isso não vou falar nos senhores que mandam no imperador e que provavelmente farão com que o estado de graça que sucede a uma "brutal mudança" dure pouco tempo, e que permitirão que nós os europeus continuemos a nutrir um ódio de estimação- pleno de uma confortável e presunçosa superioridade moral e intelectual- pelos nossos "amigos" dos E.U.A.
Alvíssaras senhor Hussein Obama! A esperança será mesmo a última a morrer!

sexta-feira, 31 de outubro de 2008

Esquerda ou direita? Orwell ou Huxley?



Começo a duvidar da importância de estar à esquerda ou à direita. Apesar dos governos, nomeadamente em Portugal, oscilarem ritmadamente entre partidos de um lado e de outro, a verdade é que não parecemos caminhar nenhum dos lados. O fosso entre os que defendem o liberalismo e a recompensa do trabalho e os que defendem uma sociedade igualitária socialista começa a esbater-se perante os novos desafios a que estamos sujeitos.
A oligarquia e o nepotismo actuais, a manipulação das massas através das novas tecnologias, a ameaça constante de guerra , os líderes fantoche (quais marionetas manipuladas por desconhecidos), a diminuição da qualidade de vida (neo-esravatura) traz-me à memória dois livros de "ficção científica" - "1984" e "Admirável Mundo Novo" de George Orwell e Aldous Huxley. Não demorará mais do que o tempo que passou entre as "20.000 léguas submarinas" de Júlio Verne e a invenção do primeiro submarino para que a sociedade se transforme no modelo "futurista" descrito por Orwell ou Huxley. A austeridade e a opressão do primeiro contrastam com a forçada inocência, resignação e esperança do último. Não sei sinceramente para qual dos dois destinos caminhamos, provavelmente para um pouco de ambos.
Uma coisa é certa, as ameaça de guerra e de terrorismo constantes, a necessidade de controlo (para nossa imprescindível protecção), a videovigilância e os microchips com toda a nossa informação fazem-me imediatamente (até arrepia) pensar no personagem do "1984", Emmanuel Goldstein. Este personagem atribuía especial importância à ameaça de guerra constante e à eficácia que esta tem em motivar as pessoas a cumprir determinadas tarefas ou prescindir de coisas que, em circunstâncias ditas normais, nunca seriam toleradas. É arrepiante a semelhança com os dias de hoje, com a instalação de câmaras por todo lado, com os cartões do cidadão passíveis de ser "lidos" à distância (já disponíveis em alguns países), tudo com a desculpa do terrorismo e claro, para nosso bem. Provavelmente quando dermos por isso já estamos de tal maneira controlados que já não há retorno.
Por outro lado, a sociedade por castas, imaculada, resignada e satisfeita com o "soma" e com a sua sorte não parece descabida. Huxley, ao invés de Orwell, descreve uma sociedade não preocupada com a sua própria escravatura, feliz por ter o direito de existir e onde os revolucionários são oprimidos e ridicularizados mas nunca eliminados (pelo contrário, é até dada alguma esperança mas não conto o fim do livro, para os que estiverem interessados). O crescente consumo de drogas (legais e ilegais) para aumentar a capacidade de lidar com as inultrapassáveis frustrações causadas pelo sistema pede obviamente uma comparação com o "soma", droga que permitia , segundo Huxley, a satisfação automática em quaisquer circunstâncias (tais drogas já existem e podem mesmo ser usadas para esse efeito) faz-me pensar que a ficção científica mais uma vez se torna realidade.
De uma maneira ou de outra inquieta-me pensar que poderemos estar bem perto de qualquer uma dessas "ficções científicas". A manipulação dos media é tal que já não é possivel nos dias de hoje ver o telejornal sem ver notícias totalmente digeridas, superficiais e ocas de interesse. Chega a ser constrangedora a maneira como são lidas as notícias e a futilidade com que são abordados os temas. Por exemplo, presta-se mais atenção à forma (se é educado ou não, se é politicamente correcto - conceito fenomenal) do que ao conteúdo do debate político de que é expoente máximo as ridículas eleições nos EUA. Os que pensarem diferente são imediatamente considerados ridículos e defensores da "teoria da conspiração".
Nada disto me parece que tenha sido criado por acaso, e tanto os dextros como os canhotos devem estar atentos a esta nova ordem mundial que sub-repticiamente se vai instalando e aumentando os seus poderes à custa das nossas fraquezas.
Seja como for, não faz mal, os bandidos apanham-se pelas câmaras e se não estivermos completamente satisfeitos podemos tomar um Prozac.

sexta-feira, 24 de outubro de 2008

União Europeia?




Nos dias que correm, pelo menos em Portugal, quase ninguém (excepto alguns párias, na sua maioria de esquerda) duvida da importância da União Europeia, ninguém questiona esta "nova autoridade" e estar na "zona euro" é um sinal de progresso.
Esta quase ausência de debate, esta unanimidade, se antes para mim fazia todo o sentido agora começa a inquietar-me. Não será estranho que aquilo que tão recentemente era motivo de conflitos tremendos como a II Guerra Mundial seja agora apontado como a única via para o sucesso? Parecemos caminhar para uns novos Estados Unidos da Europa (veja-se a sub-reptícia passagem de CEE para CE e finalmente UE). Será a UE uma aproximação ao "Imagine" de John Lennon como é a opinião geral? A minha dúvida cresce.
É um facto que Bruxelas (para não repetir UE, como no Telejornal) tem cada vez mais poder, atente-se à importância do Banco Central Europeu (e toda a problemática dos bancos centrais já discutida n'O chamado blog) e à nova Constituição Europeia, que vá-se lá saber porquê foi ratificada por uns senhores de gravata lá no nosso parlamento em vez de se fazer a pergunta a quem vai obviamente ser mais influenciado por ela, o povo (deve ser porque é ignorante e os senhores engravatados não - a minha dúvida cresce mais um pouco).
Se tudo o escrito acima é verdade então porque não damos nós mais importância às eleições para o Parlamento Europeu do que às nossas pequeninas legislativas? Isto ocorre provavelmente porque a maioria das pessoas ainda pensa que não é tão importante como eleger um Sócrates e que lá para os lados de Estrasburgo só se vendem "tachos". Se calhar até têm razão, a verdade é que os eurodeputados, os únicos que podemos realmente eleger na Europa, também não devem conseguir decidir grande coisa. Como é possível que um eurodeputado chegue a votar 450 vezes em menos de 90 minutos. Será que conseguirá estar a par de seja o que for no meio de tanta votação?
Todas estas dúvidas talvez façam mais sentido em países maiores como o Reino Unido, que vá-se lá saber porquê ainda não aderiu à moeda única, devem estar atrasados. Nós, os pequenos Estados que recebem fundos comunitários com muitos zeros talvez devêssemos ficar descansados, ou não? Ou será que não está tudo muito pior desde que os senhores do BCE cá meteram as suas notas de 100 contos? Quem não se lembra dos problemas com as quotas leiteiras e de pesca?
Numa altura em que não se fala e muito menos se age sobre a corrupção em Portugal (vejam os negócios escandalosos feitos por Ferreira do Amaral com a Lusoponte e de Pina Moura com a Iberdrola mais recentemente), a combinação explosiva de distanciamento das populações em relação aos centros de decisão europeus, a preponderância do BCE e os interesses das gigantescas corporações podem trazer consequências incalculáveis.
Não sou obviamente contra a Europa ou União Europeia, ainda...

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Arrogância



É com muita alegria e uma pitada de orgulho que vejo que o meu blog já foi visitado uma centena de vezes desde a introdução do último post. Além disso, é também motivo de satisfação para mim que este espaço se tenha tornado, muito à custa do último artigo, um espaço de debate de ideias (de uma forma mais ou menos própria).
Desde a criação deste blog recebi muitos elogios, uns por escrito aqui mesmo, outros por mail ou de viva voz. No entanto, não posso deixar de assumir que muitas pessoas acharam a minha escrita arrogante, umas na forma, outras no conteúdo.
Desde miúdo que sou acusado de arrogância, desde os professores na escola passando pelos meus amigos e até muitas vezes pela minha própria família. Seria uma espécie de autismo, patologia de que julgo não padecer, não admitir que se tanta gente fala nisso é porque alguma razão devem ter.
Mais do que desculpar-me pretendo melhorar, já que na grande maioria das vezes não sou sou arrogante premeditadamente. Dir-se-á que não é defeito, é feitio - ora porque a ironia é peça fundamental da minha maneira de ser, de escrever e do meu sentido de humor ora porque a confiança brutal que deponho nas minhas ideias e ideologias me fazem inconscientemente ridicularizar as ideias de outros.
Aos que se sentiram ofendidos ou de qualquer forma diminuídos por algo que escrevi (espero que não sejam muitos) peço desculpa e espero que não se coíbam de continuar a ler o que escrevo, pois no mínimo a discussão e a crítica fortalecem os argumentos de quem debate.
Prometo diminuir a minha arrogância na perspectiva de ser mais fácil transmitir as minhas ideias ao invés de afastar as pessoas logo nas primeiras linhas, acabar com ela é certamente impossível!

Abraços para todos e mais uma vez obrigado, tenho cada vez mais vontade de continuar!

quinta-feira, 16 de outubro de 2008

Chega!!



Chega de merdas! Chega de fascismo, chega de capitalismo, chega de escravatura. Chega de engravatados, chega de corrupção!
Estou pelos cabelos com esta história da "CRISE", que não existe e explico porquê!
É a hora da revolução, a escravatura não foi abolida por ignorantes e preguiçosos, o 25 de Abril não foi feito por parolos e desinteressados. Todas as revoluções exigem esforço, dedicação, nunca alienação (que é o que os que dizem que política não é para eles fazem)!
Alguns perguntarão porque falo de escravatura. E eu respondo - Porque há milhões de pessoas (em Portugal e no mundo) que trabalham dias inteiros por um salário que não é suficiente para sustentar as suas famílias nem as suas casas, caladas sob pena de serem despedidas e trocadas por outro que será ainda mais escravo do que elas. (E não, não admito que digam que são escravos é dos empréstimos dos "plasmas", "lcd's" e porque ninguém quer trabalhar - essas pessoas existem mas se olharmos bem têm uma importância irrisória em relação aos que vivem na verdadeira miséria, além do mais o recurso ao crédito é incentivado pelo governo e pela sociedade e é para a maioria a única maneira de ter seja o que for; por favor não me venham com as ínfimas pessoas que sem razão recebem o rendimento mínimo). Ao menos os verdadeiros escravos sabiam que o eram, o grave é que hoje em dia as pessoas estão resignadas e não se sentem. Acham que é da crise. Os sistemas antigos de subjugação de humanos com a violência estão ultrapassados, fazer as pessoas acreditar que são livres é agora o novo paradigma da manipulação das massas.
Mas qual crise? A tecnologia supera largamente toda a que já existiu, a capacidade humana é maior que nunca. Porque é que o progresso nunca chega ao povo. PORQUE É QUE O POVO NUNCA TEM PODER (NÃO É ESSE SEMPRE O PROBLEMA??)?
Já pensaram porque ainda usamos tecnologias obsoletas como os carros a gasolina, os raio-x ou telemóveis do século passado? Porque ao invés dos novos avanços serem imediatamente disponibilizados à população são escoados a conta-gotas primeiro a preços elevados e só quando já estão novamente obsoletos atingem o povo. Porque se gastam recursos e mão-de-obra a construir coisas ultrapassadas? Porque não se investe apenas em tecnologia moderna como ressonância magnéticas ou energias alternativas (exemplo paradigmático em que a tecnologia já existe, é eficaz e abundante mas apenas pela necessidade do lucro não é utilizada). PORQUE É QUE SE PERDE ESSE TEMPO? - A resposta é simples - Graças ao fenómeno de "escassez" artificial em que os produtos são escoados lentamente forma a produzirem o lucro máximo.
Para os que dizem que a competição é a única via para atingir a evolução eu pergunto - Se é assim, porque é que este sistema económico e financeiro atrasa a instalação de novas tecnologias em vez de as implementar imediatamente, já pensaram se todas as fábricas de automóveis fabricassem apenas o melhor carro, o mais seguro, o melhor para o ambiente? Sabiam que já há tecnologia no mundo para impedir os acidentes de viação?
Para os que dizem que se todos tivessem acesso a tudo o que há de melhor ninguém trabalhava eu respondo antes mesmo de me fazerem a pergunta - Se hoje em dia se trabalha a troco de prejuízo porque não há nem dinheiro para comer ou para pagar a casa, porque é que não se havia de trabalhar se isso desse acesso ao que há de bom e de melhor?
Para os que mesmo assim afirmam que é a competição e o lucro que permite desenvolvimento tecnológico eu remato - Que eu saiba os maiores cientistas como Einstein não faziam ciência pelo lucro, sim movidos por uma curiosidade extraordinária que só alguns possuem e pela necessidade inata de saber mais.
Chega de resignação, chega de dizer que sempre foi assim e sempre será assim! Se as pessoas pensassem assim quando se percebeu que a terra era redonda ou quando se aboliu a escravatura acham que tinha havido alguma revolução social ou de ideias? Acham que alegar experiências falhadas de socialismo ou de outro qualquer sistema político é motivo suficiente para dizer que este actual sistema para sempre durará e que é o único que funciona? Eu pergunto se Flemming terá inventado a Penicilina à primeira ou se Bell terá desistido à primeira antes de inventar o telefone, não!
Para os teimosos que continuarem a dizer que numa sociedade igual para todos em que todos têm acesso a tudo existirão ainda empregos que ninguém quer fazer. Eu respondo, se hoje em dia uns gostam de estudar, outros gostam de trabalhos físicos e outros querem fazer seja o que for que os permita ter uma vida tranquila e sobreviver, porque é que noutro modelo de sociedade isso não aconteceria?
É nesta altura em que a insatisfação e o desespero começam a assolar todas as pessoas que importa agir, é importante que todos se informem e é importante que todos lutem pela manutenção dos direitos que já temos e da criação de outros que importa ter, é a hora da revolução.
Temos que compreender o sistema capitalista, temos que perceber porque é que existe a economia e porque os nossos "chefes" falam em salva-la ao invés de ajudar o povo. Porque crescem as taxas de juro, os défices as inflações e nunca os salários. É preciso saber o que é isto do sistema bancário. Porque diminuem as classes médias por todo o lado e porque aumentam as pessoas no limiar da pobreza e da miséria por todo o mundo!
É mandatório a todos os que se dizem de bem que vejam estes dois documentários para os quais deixo o link abaixo (já falei deles anteriormente, existem por torrent no mininova e no btnext ou para visualização directa no google e no youtube) - "Zeitgeist, the movie" e "Zeitgeist Addendum". Não há tempo para o "não tenho tempo", numa altura em que "informação é poder" é importante estar informado para sabermos o que pensar e como agir! Nenhum deles é maçador, do início ao fim somos brindados com factos e perspectivas absolutamente novas e interessantes.

Abraços revolucionários para todos!


ZEITGEIST - THE MOVIE (2007)


"ZEITGEIST ADDENDUM"

quinta-feira, 9 de outubro de 2008

Socialismo?




Lembro-me de uma discussão que tive com um amigo meu que resultou num mal-estar entre nós que durou alguns meses. Falávamos sobre o comunismo e capitalismo e ele defendia o último como se fosse a única opção, usava argumentos como - Quem não mata morre, lixa o outro antes que ele te lixe a ti, são as leis do mercado - e afirmava que era a única maneira de manter a evolução (leia-se científica e social) e que sem ele (capitalismo/neoliberalismo)tudo estagnaria. Eu, obviamente, defendia o contrário. Algo adjectivado então como utópico, sonhador, altruísta (espécie de adjectivo semelhante a ridículo no léxico fascista). Depois cresci e deixei de discutir certas coisas com certas pessoas!
É com espanto (não é que não estivesse à espera, mas talvez não tão depressa) mas com um sorriso (aquele do género, TOMAAAAAAAAAAAAAAAAAAA!) que ouço notícias sobre nacionalizações e intervenções do estado (que agora os liberalistas começaram a achar que afinal também deve ser previdente). É estranho que medidas que antes eram consideradas socialistas (de esquerda, comunistas, eixo-do-mal, os "não alinhados") estão agora a ser apregoadas como a única salvação.
Alguns falam em retrocesso, outros como os donos da AIG (os que receberam os milhões do estado americano em troca de uma empresa falida - belo negócio) estão-se pura e simplesmente nas tintas (para não dizer cagando) - consta que pegaram nas notas e foram de férias (facto verídico, como nos filmes), era o que eu faria se ganhasse vários euro milhões de uma só vez.
Onde estão agora aqueles que defendiam que o capitalismo era a única ideologia (se é que assim se pode chamar) que permitiria a liberdade? Estão todos descansados (os fascistas do cócó - os mais atentos saberão porque uso este vocábulo) porque medidas ditas socialistas asseguram o dinheirinho deles.
Pergunto-me se os milhares (ou milhões) de pessoas que sustentam famílias inteiras com o salário mínimo (esta brilhante vitória do capitalismo onde todos os cidadão trabalhadores recebem um mínimo) se as suas crianças não passam fome, se os seus velhos não estrebucham sem medicamentos e se os seus jovens não vão com o 9º ano trabalhar para a caixa do minipreço! Parecem esquecer-se disso os ignorantes que falam (com propriedade e com um ar entendido) dos cubanos como uns coitadinhos.
Na altura em que se vive a maior crise desde a II Guerra mundial, nunca o europeu foi tão pouco politizado. Será que ainda não perceberam que o capitalismo só trouxe uma nova escravatura (em que se trabalha por menos do que se precisa para viver) desta vez financeira e um fosso entre os que mandam e os que não têm outro remédio senão obedecer?
Fidel e Chávez certamente riem a bandeiras despregadas (nacionalizaram em vez de comprar - empresas boas em vez de falidas, nomeadamente) e eu só não me rio com eles porque não os conheço pessoalmente nem confraternizo com eles, senão ria!

O Bloqueio




Acho que devo mesmo estar a tornar-me escritor. Não sei se é por querer manter um certo débito de escrita para manter o blog activo ou se é por não conseguir ironizar o suficiente sobre assunto nenhum neste momento (a "crise" invade a maioria dos meus pensamentos, tenho medo de me tornar repetitivo - isto é uma desculpa), a verdade é que estou a vivenciar o meu 1º Writer's block (ou bloqueio de escritor, soa mesmo melhor em inglês como a maioria das coisas - lá está uma problemática que poderia ser tema do meu blog se eu não tivesse já escolhido o tema do bloqueio).
Ainda tentei que meia dúzia de rascunhos passassem a vias de facto mas não consegui. A sensação que dá é que nada fica suficiente bem (não é que as outras entradas tivessem ficado, mas eu fiquei com a sensação que sim), que nada é suficientemente engraçado, não queria que este blog se tornasse uma coisa demasiado séria. É que se me ponho aqui a falar da actualidade com todo o meu fulgor tenho um grande receio de perder todo o meu público de extrema direita (e direita e centro), a esses senhores é sempre preciso agradar sob pena de mantermos a nossa fisionomia intacta.
Em todo o caso, sem medo dos beligerantes do PNR, prometo continuar a escrever e publicar algo que o mereça brevemente.
A minha sorte é que não estou a pensar escrever um livro, não me recordo assim de nenhum romance com um capítulo sobre o bloqueio do seu escritor.

quinta-feira, 2 de outubro de 2008

A crise!

Pois é, a crise tem um "fim" à vista. Parece que os "Senhores do Poder" lá nos states têm a solução do problema. Os "maus" (que são os republicanos, aqueles que são aceites cá pelos europeus como os tiranos que fizeram a guerra, os partidários de Bush) fizeram um plano que consiste na injecção por parte da Reserva Federal - O Banco de Portugal lá do sítio - de uns trocos (700.000.000.000 de dólares - para terem uma ideia mais de 5300x o prémio máximo de 130 milhões do euro milhões) nos "coitadinhos de Wall Street".
Os "bons" (os do Obama, o Africano), inicialmente renitentes, até ajudaram a chumbar a coisa numa primeira fase, dizendo que se tratava de "socialismo" (que é uma espécie de crime lá no sítio) ao usar dinheiro dos "saudáveis" ricos (isto é, trabalhadores contribuintes americanos) para ajudar os "coitadinhos" pobres. Agora alegre e sorridentemente aprovaram a medida com os "maus" num acordo que se parece estranhamente (ou não?) com o primeiro (hã, final feliz, "bons e maus" todos contentes). Custa-me seriamente a compreender esta noção de socialismo! Pensava que o socialismo era dinheiro e poder ao povo? Mas estarei eu a ver mal, essas instituições que estão a ser compradas pelo estado não são privadas? Não está esse dinheirão pornográfico a ser entregue de mão beijada a senhores que não vão devolver nada a ninguém? E se depois a coisa correr mal, não será o dobro do prejuízo?
Devo ser mesmo um débil mental que não percebe nada de bolsas ou de taxas ou de juros ou de seja o que for. Uma coisa é certa, isto cheira a cocó (bem mais giro que dizer esturro, que é um lugar comum).
Tudo isto toma contornos de crueldade, principalmente se tivermos em conta os vídeos que espero que tenham paciência de ver já aqui em baixo. Isto já aconteceu antes, e várias vezes!
Pois é meus amigos, a Reserva Federal Americana tem um DONO que não é o estado. E o que é que esse dono faz? Empresta o dinheirinho ao estado a troco de juros e além disso controla o valor do mesmo! Então para quem vai o dinheirinho deste novo plano de salvação nacional (lá da nação deles) e internacional (pois é, esta coisa da globalização, isso é aquilo daqueles hippies dos protestos não é?)? Vai para os mesmos senhores que produzem o dinheiro? Para os amiguinhos deles? É que começa a parecer que a crise (estranho isto, parece que há conhecimentos, tecnologias e recursos por todo o lado mas nunca nada parece suficiente... é a crise) serve mesmo é para ganharem um euromilhoes sem dar nada à Santa Casa! Mas não, isto deve ser uma teoria delirante da conspiração!
Que mal é que tem ser ovelhinha??
Mémé!

Nota: Estes videos fazem parte de um documentário (ZEITGEIST) que está disponível por partes no youtube ou completo para download no emule ou por torrent. É verdade que não é a verdade toda mas é certamente parte dela. Bom para nos fazer pensar. Aborda vários temas, todos cheios de actualidade, desde a religião, passando pela economia e pelo World Trade Center. Aconselho a todos!



quarta-feira, 1 de outubro de 2008

Modernices



Apesar dos meus conhecimentos informáticos (modéstia) há coisas que não compreendo. Por exemplo, porque é possível ver nuns formatos do blog (eu até achava o "todo azul" mais jeitoso) todos os comentários e noutros não? Na sua esmagadora maioria são elogiosos dada a grandiosidade da minha escrita (mais modéstia - é por isso que os quero ter sempre à mostra e foi assim que descobri este bug). Será que estou a cutucar algum novo enigma da humanidade, a abrir a a caixa de Pandora ou será apenas um segredo do primo Gates?? A verdade é que os computadores não podem ser bem máquinas. As máquinas têm peças que falham por causas concretas, já os computadores não! Uma máquina a sério encrava porque uma peça se parte, uma verdadeira avaria, já o computador encrava por razão nenhuma! Ele tem vírus, doenças! Se um carro não funciona nunca mais quando se gripa o motor porque é que um computador volta miraculosamente a funcionar quando se carrega no reset ou, para os mais atrevidos, no POWER. Não percebo, nem quero!
Serão os computadores seres vivos e os programas e páginas web qualquer coisa tipo vísceras? Eu sei bem do que estou a falar e a verdade é que os seres vivos (entre os quais os humanos) não têm botão reset muito menos power (quando se desligam raramente dá para voltar a liga-los, isto não é o dr. House), antes tivessem. Eu pessoalmente acho que tornava a coisa muito mais prática e poupava as pessoas de uma série de picas e radioactividade para conseguirmos perceber que mal as aflige. Sim, porque no PC não é preciso nada disso, tenta-se o reset, na loucura o power, na pior da hipóteses compra-se um novo, raramente avariam na garantia, um dia depois talvez!
Esta verborreia toda só para explicar este novo estilo que considero um bocado mais foleiro que o outro. No entanto, dada a precária qualidade do conteúdo, tanto faz!

segunda-feira, 29 de setembro de 2008

O Clube Disney já era!

Meus amigos, se pensavam que os vossos filhos (digo vossos porque ainda não me nasceram nenhuns) acordavam de manhã para ver os "ursinhos carinhosos", o Mickey ou o Donald, estão redondamente enganados!! O "a e i o u" da saudosa Ana Malhoa já era, agora temos o "Programa da Lucy"! Para quem ainda não está familiarizado apresento-vos um vídeo com Luciana no seu novo programa. Não, o público não são uns rebarbados maiores de idade. São pequenas crianças provavelmente com menos de 6 anos e nenhuma delas arrisca enfiar uma nota na coxa da dita. Provavelmente por medo.
Pessoalmente considero que uma mulher mascarada/vestida de meretriz (questiono-me se tenho ou não autoridade ou piada suficiente para dizer puta) a cantar "estão a chover homens, aleluia, estão a chover homens" ao mesmo tempo que faz olhares e movimentos lascivos e libidinosos para as criancinhas que até são de ambos os sexos (sinceramente não sei se faz da coisa mais doentia) talvez não seja adequado para entreter os mais jovens. Entreter sim, os mais jovens, não!
Posto isto (os polícias usam advérbios de modo e eu uso posto isto porque não sou polícia), será que esta é a evolução da rua sésamo? Passamos de Poupas para a Floribela? (Assusta-me mais que seja a evolução do egas e do becas!)
Se calhar é só ser retrógrado e o que importa é mostrar as novas mamas da Floribela. Heróis e figuras de ficcção cheios de mensagens educativas sub-liminares (escrevi isto e senti um arrepio na espinha, já me condicionaram bem)que me ensinavam os valores da verdade, coragem e amizade com personagens como o Super-Homem já passaram à história! Agora, temos a piada óbvia com os novos valores do silicone e das mamas da Floribela!
Deliciem-se com o vídeo, se conseguir arranjar maneira de passar o vídeo do João Vieira Pinto a falar sobre a crise do petróleo e do crédito mal parado terei inspiração muito brevente para escrever mais uma entrada no chamado blog.



Nota: Tal como na anterior mensagem, resta-me frisar que não tenho nada contra as mamas da Sra. Luciana, que são duas. Seria aliás estúpido se tivesse.

Para responder a todos os que já perguntaram desde que escrevi esta entrada, e para prevenir futuras perguntas... Sim, este programa dá ao fim-de-semana de manhã na SIC por volta das 10, mais mama menos mama.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

Os senhores das portagens...

Não compreendo os senhores das portagens! Não compreendo o porquê do "Bom dia", "Boa tarde", "Obrigado", já só falta o "volte sempre"! Será que eles podem estar verdadeiramente um bom dia!? Ou estarão pura e simplesmente a desejar um? Será que faz parte de ter um "bom dia" passar sistematicamente na portagem, ou apenas ter que paga-la? Ora eu acho que não, e pura e simplesmente recuso-me a participar nesta gincana de bom dia, aqui tem, obrigado, bom dia, bom dia (saltei aspas, travessões, estas últimas orações referem-se obviamente ao diálogo aceso e rico entre o "técnico operador de portagem" e eu próprio ou, se for o caso, nós próprios).
A questão é: Eles não podem estar a ter um bom dia! Passam o dia num cubículo a manipular a maquineta que imagino que têm mas que nunca vi, isto porque obviamente não sou piloto de camiões e a casota onde eles (os senhores operadores) produzem o seu ofício é demasiado alta para perceber como funciona o processo. No entanto imagino que não seja nada de mais extraordinário que uma versão básica de uma caixa de supermercado. Deve ser o maior tédio, logo depois da vida social intensa de um peixe num aquário. E para este últimos ao menos há o mito da sua memória ter apenas dois segundos de duração! O momento alto do dia é quando alguém não tem cartão multibanco e paga com uma nota! As moedas constituem um desafio menor a não ser que se lhes forneça um monte de cascalho para contarem. Ora isto não é um bom dia nem uma boa tarde, MUITO MENOS UMA BOA NOITE!
Portanto temos pelo menos: Cubículo, trabalho monótono, inexistência de desafios mentais ou outros e memória superior à dos peixes! Não será isto suficiente para eles pararem de agradecer o nosso pagamento e nos desejarem bom dia? Eles certamente não o estão a viver e o nosso certamente não estará a ser bom ou melhor por estarmos a efectivar um pagamento que obviamente não quereríamos consumar. Mais, o "saltar" de toda esta cortesia social poderia abreviar as filas e anular esta fraude.
Conclusão, VIA VERDE para todos, de preferência à borla e sem mensagens de boa viagem ou obrigado no ecrã onde aparece o preço! Sem mais delongas, e sem outro assunto me despeço cordialmente aos meus, repito, inexistentes leitores!



Nota: Senhores operadores de portagem, esta mensagem não é para vós, e caso estejais e lê-la, que fique claro que não vos odeio!